14.3.09

O Leitor


Não vi o filme. Não pude ver a atuação de Kate e Ralph. No entanto, tenho certeza de que é um longa emocionante.
Acabei há pouco de ler o livro. Tão bem escrito: direto, cheio de reflexões convenientes, bem colocadas e discutidas.
Fiquei impressionada de ler um livro original com resquícios da Segunda Guerra e todo o drama do holocausto que ainda me provoca espantos.
Para mim, esse assunto em romances já não tem muita graça. Mas Bernhard Schlink retomou tal tema com uma abordagem que, pelo menos eu, jamais tinha visto ser empregada com tamanha sutileza.
A pergunta chave de toda a história: Como amar alguém que já fez parte de crimes que provocam horror?
Isso me faz pensar muito no porquê de se relacionar amor e pessoa amada. Por que pensar que amamos alguém por isso e aquilo, e , consequentemente, por que deixaríamos de amar depois de descobrir qualquer fato pecaminoso?
Não deixamos. De fato, só deixamos de amar alguém por nós mesmos; pelo tempo.
E foi isso que aconteceu com Michael. Ele foi, sua vida inteira, apaixonado pela mulher que ele conheceu e julgou aos 15 anos. Tanto amor, que mesmo depois de saber que a havia perdido, mesmo depois de superar a falta de seu toque, de sua presença, e depois de ter maturidade para analisar os atos de sua amada, o sentimento perdeu forças, mas nunca mais ele foi capaz de se sentir nos braços certos com mulher alguma.
O amor pode acontecer por motivos sensatos, ou não. Pode acontecer várias vezes ou nunca sequer existir. Renascer. Acabar sem explicações. Mas realmente não interessam os porquês.
Se não conhecemos algo, procuramos causas nobres. E se não houver?
Desde o princípio, as pessoas buscam conforto em fontes alheias, quando não conseguem nas que desejam de primeira. A busca faz parte, mas ao meu ver, nada pode superar a beleza de se ter um amor simplesmente, pois ele completa sua vida. Com defeitos e qualidades; completo.
Então que se torne fácil para todos amar de olhos fechados. Dessa maneira, estamos aceitando o sentimento mais lindo de todos em sua base. Todos sabem que ele é cego. Que sejamos com ele!

2 comentários:

  1. Babi,
    adorei o seu blog!
    Você escreve muito bem!
    Considero até que fui incentivada a ler "O Leitor". haha
    Continue assim, essa menina dedicada, leitora e divertida que é.
    Beijos,
    Vitória

    ResponderExcluir
  2. O tema pode ser interessante mesmo. Mas poxa, agora que saiu o filme com a Kate Winslet, que ainda por cima ganhou o Oscar por esse filme e o Globo de Ouro pelo Revolutionary Road, não como eu ler o livro, o negócio é ver o filme! Hahaha!
    Mas quem sabe, se sair um audiobook eu acabo "lendo" hehehe.
    Continue escrevendo bem !

    ResponderExcluir