9.1.11

Eu lírica

Porque tudo o que eu quero esquecer se apoia em mim, e o que eu preciso perder morde meus lábios num beijo. Posso sentir o gosto do sangue, que timidamente abraça minha língua, como antes brindávamos nosso amor.
Pois o que minhas mãos largaram, agora tapam meus olhos, censurando sua própria ausência. E qual outro motivo eu teria hoje? Meus porquês são nossos, mesmo livres de razão. Meus sentidos são abalados pelo anseio do perdão.

4.1.11

(S)em mim

Como eu me confundo em mim,
sem conseguir ser o que sou!

Como acordar numa gruta ,
é minha fugaz comoção
de não poder me explicar nem a mim,
ou entender meu porquê,
alcançar-me no fim.

Sigo apenas sabendo que existo sendo o que quer que exista em mim.