11.4.11

Eucentrismo

Quase ninguém que me conhece, conhece quem eu sou, o que eu sou. Meu 'quem' se esconde do mundo, sendo 'eu' numa outra língua, acho que só eu sei ler. E, assim, eu me torno a cada segundo um único dó da sinfonia que eu guardo aqui dentro. Eu mantenho um leve sussurro do grito e da música que tem, sustento uma gota de tinta das milhões de cores do meu pensamento. É impossível me ver tridimencional, se você é só um outro, não sei porque, apenas que não dá mesmo. Acontece de vez em quando, no entanto. É estranho ter o irreconheível armazenado; meu 'eu' não se vê a olho nu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário