10.2.11

O porquê absurdo.

Ela perguntou. Ela queria o motivo, mas, sabia, não havia algum. "E eu?", indagou, descobrindo, num susto, que nada era seu.
Sem mais perguntas, ela esperou que o silêncio se consagrasse mudo, e todo o resto se tornasse nulo. Ela aguardou que o tempo tomasse seu rumo, lhe tomasse seu tudo, moldasse um futuro. Ela acalmou por um segundo, para se achar sentada em cima do muro. Fechou os olhos para que continuassem puros, e jurou que jamais tentaria o absurdo de se explicar para o mundo.

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