18.4.09

O Turbilhão da vida

Ao som do violão
Eles se encontram no salão
Ele sorri de canto
Ela acena com a mão
Eles saem separados
Cada um para um lado.

Ao som do violão
Eles se encontram novamente
Ela vestida de rosa
Ele desejando uma rosa
Pela primeira vez se falam
Ele gagueja, ela ri
E mais uma vez saem separados.

Passou-se muito tempo
Ele esqueceu-se dela,
teve outras mulheres,
perdeu-se entre todas.
Ela viajou o mundo,
se encontrou nele.

Depois de uns anos,
andando na rua,
se esbarraram,
se olharam,
ele sorriu, ela corou.
Tomando coragem, a chamou para um chá,
e partiram juntos.

Passaram muito tempo,
a conversar.
Quem diria, quem dirá,
sua pele macia
seu jeito de rapaz.

Ele empenhou-se a conquistá-la
Ela se deixava levar
Beijaram-se em um belo dia,
estavam apaixonados.
Ao som do violão,
Namoravam,
nunca mais saíram separados.

Passou-se muito tempo
ah, meu Deus!
Tudo se tornou tão ordinário,
a pele macia emudecia
ele nunca mais tornou a beijá-la.
Saíram separados,
quebrados.

Depois de uns anos,
andando na rua,
ele a viu caminhar,
tão bela, tão rica
tão jovem, tão nova.
Não pode conter,
correu para lhe ter.

Ela se deparou com seu amado,
sorrindo animado.
Tirou suas luvas,
sorriu levemente,
beijou-lhe a face.

Ao som do violão,
encontraram a si mesmos.
Sorriram em paz
e seguiram separados,
pela última vez.
Haviam se libertado,
juntos.

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