16.5.10

24h

Ele acordou para abrir os olhos e ver que o travesseiro no qual estava deitado não era o seu. Os lençois que emaranhavam suas pernas também não eram seus, tanto quanto o quarto e a mobília eram estranhos. Sua mão, quase que movida por uma força própria que fugia do resto do seu corpo, subiu até seus olhos, para esfregá-los metodicamente. Se ele decidir levantar para abrir as cortinas, não só a luz desconfortável da manhã feia de sua cidade invadiria seu quarto, como o barulho dos automóveis. Mas em lugar algum, digo, além do quarto, ele estaria tão ciente dos seus passos até aquela cama; seu passado. Em qualquer outro lugar, ele teria alguma chance de não ser nocauteado. Que se levantem as pernas, então, naquele andar sem chão do dia a dia. Café da manhã, banho, rua. Hoje gritaria como um recém nascido...

Um comentário:

  1. Matheusinho9:10:00 AM

    Muito bom amor =]
    postando pra te homenagear
    e pra deixar claro pra esses arroz nerds de blog
    que vc é minha ♥

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