16.5.09

Funny Games



A própria capa já diz muito: Pertubadora, obscura e... sexy.


A refilmagem de Funny Games - Violência Gratuita, no Brasil - gerou polêmica entre os críticos de cinema, por trazer à tona uma violência obscura sem precedentes; uma brincadeira, literalmente. Por isso sou contra a mudança do título. O conceito de jogo se encaixa perfeitamente no longa sádico, de forte terror psicológico, dirigido por Haneke em 2007.


A comparação com Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick, é de certo modo injusta. A personagem Alex, de Malcolm McDowell, é semelhante em aspectos como a indiferença quase desumana que os assassinos sentem em relação à dor de suas vítimas e o fundo engraçado que as cenas acabam recebendo, por serem, em sua essência, absurdas. Porém, a intenção de Haneke não é simplesmente copiar a tática de crítica política que Stanley ultilizou, mas sim usar da mesma base para começar algo novo.

Abrindo mão completamente de um dos princípios de uma produção cinematográfica, a transparência, o diretor conta a história de modo que o público é obrigado a se acostumar com o fato de muitas vezes o rumo dos acontecimentos não fazer sentido. Como, por exemplo, a personagem Paul. Ela seria um enigma sem resposta até o final do filme, como o próprio desfecho deste.

Dois jovens se apresentam a uma rica família de férias, mãe, pai e um filho de sete anos, como amigos da família vizinha da sua casa de veraneio. Mas rapidamente suas máscaras provocantes caem revelando a verdadeira intenção sádica que os leva àquela casa.



Funny Games é o tipo de produção restrita aos cinemas "cult" e a espectadores alternativos, por ter doses intensivas da mais aterrorizante violência; aquela que não entenderemos de qualquer modo. Então, não espere nada que já tenha visto, nem um final explicado em detalhes. Apenas veja a tortura em diversificadas formas, se conseguir. Uma coisa eu garanto: Os loirinhos de luvinhas brancas vão prender sua atenção!

4 comentários:

  1. Funny Games é o tipo de produção restrita aos cinemas cult e a espectadores alternativos = Barbara.

    Tem muito sangue?
    Se tiver eu nao vou aguentar ver :S

    Hoje o dia foi totalmente excelente, Barbara Cacete.

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  2. cara, eu que sempre paguei de culta na frente dos outros me sinto tão sem cultura lendo teus posts D:

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  3. Babi,

    adorei o visual novo do blog!
    Está lindo, e os novos 'recursos' também! :D
    Parabéns!!

    Quando ao filme, não sei se seria uma das minhas primeiras (à quinquagésimas) opções para assistir, mas.. o texto está legal! haha

    Beijos,
    Vi !

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  4. adorei o filme..xDDDD
    principalmente na parte q Naomi Watts mata o mlk, só q ele diz q não poderia ser assim, pega o controle remoto e volta no tempo...xDD

    bem doidão e cult, como não gostar?xD

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